Partilhamos o contributo que enviámos à Câmara Municipal de Coimbra para a discussão pública do estudo prévio da “ARU COIMBRA – Universidade/Sereia – Requalificação Urbana do eixo Alta Universitária – Praça João Paulo II – Sereia”. Disponibilizamos também a memória descritiva da CMC.
Saudamos mais uma vez a intenção e compromisso da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) em promover a utilização da bicicleta como modo de transporte, promovendo alternativas à dependência e utilização excessiva do automóvel, sobretudo em contexto urbano consolidado e histórico.
Contributo
Os nossos contributos para este estudo prévio na perspectiva dos utilizadores de bicicleta:
- A zona da Alta universitária poderia ser uma zona de coexistência e/ou com a velocidade automóvel limitada a 30 km/h ou 20 km/h com as respetivas medidas de acalmia de trânsito associadas;
- Recomendamos o alargamento dos parques de estacionamento para bicicletas existentes (bicicletários), atendendo que são também utilizados pelos operadores privados de meios de transporte suaves partilhados (Bolt e Bird, trotinetes e bicicletas). E a colocação de novos bicicletários, notando especialmente a falta destes na zona junto à Sé Nova / Museu da Ciência, sendo desejável que todos os departamentos tenham um bicicletário perto;
- É importante a possibilidade de transportar bicicletas no atual elevador do Mercado Municipal e no futuro elevador das Escadas Monumentais, como forma de ultrapassar o declive acentuado entre a baixa e alta da cidade;
- Não é claro se o plano contempla uma passagem para velocípedes na Rua de Tomar, junto à passadeira de entrada lateral no Jardim da Sereia. Seria importante que o fizesse;
- O trilho interior do Jardim da Sereia, entre a Rua de Tomar e a Rua Lourenço de Almeida Azevedo, é um óptimo trajecto pedonal e ciclável para ligar a zona da Universidade a Celas, evitando vias automóveis. Como obstáculo para bicicletas (e cadeiras de rodas) apenas tem 2 pequenos lances de escadas de 2 degraus, a meio do trilho, a que poderiam ser acrescentadas rampas parciais;
- Sendo que o espaço conquistado ao carro é bastante relevante, sobretudo o estacionamento nas Praças D. Dinis e João Paulo II, espera-se que continue a haver pressão para estacionar automóveis nessas zonas. Tem sido frequente a ocupação de passeios largos para esse efeito um pouco por toda a cidade. No sentido de evitar o expectável estacionamento nas zonas pedonais e cicláveis, recomendamos a instalação de barreiras físicas. Idealmente árvores, canteiros, franjas ajardinadas ou, no limite, pilaretes de aço (e não pinos de borracha, facilmente vandalizáveis).
- Sugerimos que se acautele a transição entre a estrada e a ciclovia entre os departamentos de Matemática e Química evitando a necessidade de desmontar por parte dos ciclistas e reduzindo os potenciais conflitos com peões.
Conclusão
Pedimos assim a inclusão das propostas que assinalamos, com o interesse da promoção da mobilidade saudável e eficiente, mais adequada à contemporaneidade e ao crescimento do uso da bicicleta enquanto alternativa de transporte. Reiteramos a disponibilidade do Coimbr’a Pedal para reunir com a Câmara Municipal de Coimbra sobre mobilidade ciclável.


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