Promover a bicicleta como alternativa de transporte em Coimbra.

Contributo para a Requalificação da Rua Nicolau Chanterenne

Partilhamos o contributo que enviámos à Câmara Municipal de Coimbra para a discussão pública do estudo prévio da Requalificação da Rua Nicolau Chanterenne. Disponibilizamos também o estudo prédio da CMC.


  • Defendemos que esta rua, por se tratar de uma zona residencial, deve ter um limite de velocidade de 30 km/h e deve implementar medidas físicas de acalmia de trânsito de acordo com esse limite, nomeadamente seguir as normas do Manual de Apoio à Implementação de Zonas 30 da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
  • Permitir a travessia em sentido contrário de velocípedes, dada a largura da via, e facilitada pelo limite de velocidade de 30 km/h. Encurtaria a distância a grande parte dos serviços de Celas como piscinas, escolas e lojas. Em Bruxelas, por exemplo, todas as vias de sentido único com largura maior que 3 metros devem obrigatoriamente permitir contra-fluxo velocípede. Estudos empíricos ao longo das últimas décadas, mostraram que a largura da faixa de rodagem não tem impacto na segurança de vias cicláveis de contra-fluxo, em parte porque faixas mais estreitas produzem velocidades menores. A implementação deste contra-fluxo poderia ser experimentada inicialmente com métodos pop-up.
  • Passadeiras elevadas nas extremidades da rua, e passeio rebaixado e “almofadas de berlim” nas passadeiras das secções a meio da rua, de forma a implementar fisicamente a Zona 30. Colocação de pilaretes para evitar que as passadeiras elevadas ou passeios rebaixados sirvam para facilitar que os automóveis subam o passeio.
  • Nalguns pontos de acesso rodoviário aos logradouros dos prédios, observa-se que o passeio ocupa a largura que está atribuída ao estacionamento longitudinal e chega à via de tráfego. Isto deveria ser adoptado em todos os acessos. Deste modo, sinaliza-se aos condutores que aquele é um espaço de acesso e não de permanência/estacionamento.
  • Colocação de pilaretes junto aos acessos aos prédios para evitar a passagem dos carros a outras zonas dos passeios. À semelhança do que se vê nas intersecções com a Rua Filipe Hodart e Rua Marcos Pires.
  • Passadeiras: inverter a ordem de colocação de contentores de lixo e ecopontos. No sentido do tráfego rodoviário, colocar primeiro a passadeira e só depois os contentores. Não só se evita alguma obstrução na visibilidade do peão, como também se colocam as passadeiras mais próximas das intersecções com as Rua Filipe Hodart e Rua Marcos Pires.
  • Deslocação de uma das passadeiras mais para montante, para coincidir com a intersecção com a Travessa Moura e Sá. 
  • Criação de mais uma passadeira coincidente com as escadas que ligam à Travessa Nova da Rua António José de Almeida.

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